Ter mãos para servir
constantemente!
Para enxugar as lágrimas do triste;
ter mãos para compor, para escrever;
para cuidar de tudo quanto existe.
Para enxugar as lágrimas do triste;
ter mãos para compor, para escrever;
para cuidar de tudo quanto existe.
Ter mãos para dar água a quem tem
sede;
aos animais, às plantas… Como é lindo
ter mãos para arrumar na sala quieta,
rosas vermelhas que se vão abrindo…
aos animais, às plantas… Como é lindo
ter mãos para arrumar na sala quieta,
rosas vermelhas que se vão abrindo…
Ter mãos para estender um leito
alvo
de alcova ou de hospital… Ter mãos afáveis
para pensar feridas, dar esmolas…
Ter mãos para belezas incontáveis!
de alcova ou de hospital… Ter mãos afáveis
para pensar feridas, dar esmolas…
Ter mãos para belezas incontáveis!
Ter mãos leais, oh! sim, mãos
generosas,
para espalhar doçuras vida afora,
mãos que não ferem, mãos que não condenam,
mãos de quem sente, quem perdoa e ora…
para espalhar doçuras vida afora,
mãos que não ferem, mãos que não condenam,
mãos de quem sente, quem perdoa e ora…
Ter mãos para servir! Que importa
o modo?
Servir com alegria a Deus agrada;
agrada-O tanto o que dedilha a cítara,
como o que asfalta as extensões da estrada!
Servir com alegria a Deus agrada;
agrada-O tanto o que dedilha a cítara,
como o que asfalta as extensões da estrada!
Agrada-O tanto o que semeia os
campos,
como aquele que os prédios edifica;
como a mulher humilde, que contente
serve de sol a sol a casa rica…
como aquele que os prédios edifica;
como a mulher humilde, que contente
serve de sol a sol a casa rica…
Agrada-O tanto o cirurgião
ilustre,
como o que varre as ruas da cidade;
agrada-O tanto a tecelã na fábrica,
como a mestra na escola; que em verdade,
a lei da vida é esta: servir sempre;
participar, realizar, construir!
Ninguém pode ignorar o privilégio,
a glória que é ter mãos para servir!
como o que varre as ruas da cidade;
agrada-O tanto a tecelã na fábrica,
como a mestra na escola; que em verdade,
a lei da vida é esta: servir sempre;
participar, realizar, construir!
Ninguém pode ignorar o privilégio,
a glória que é ter mãos para servir!
Ter mãos! Ter mãos para servir
sorrindo,
servir num clima de felicidade!
Pois se até Deus serviu, criando o mundo;
servir é compreender a liberdade!
servir num clima de felicidade!
Pois se até Deus serviu, criando o mundo;
servir é compreender a liberdade!
Um dia, às mãos cruzadas sobre o
peito,
servir será vedado, meus irmãos;
sirvamos hoje, agora, em tempo certo,
e Deus há de abençoar as nossas mãos!
servir será vedado, meus irmãos;
sirvamos hoje, agora, em tempo certo,
e Deus há de abençoar as nossas mãos!
Poesia de Antonieta Borges Alves
Penha – SP = 1976
Penha – SP = 1976